sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Ensino inclusivo








Para transpor as barreiras da comunicação e tornar a ensino inclusivo, a EFAP ofertará a 2ª edição do curso Introdução à LIBRAS – Online, proporcionando aos educadores o aprimoramento da prática educativa e a oportunidade de um diálogo eficaz com os estudantes deficientes auditivos, em sala de aula e também em outros espaços escolares.
O curso será direcionado a todos os servidores em exercício em qualquer cargo dos três quadros da SEE-SP, conforme base da Coordenadoria de Gestão de Recursos Humanos de agosto de 2016, com exceção dos inscritos nas edições anteriores.
A formação pretende contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades básicas da LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais, possibilitando ao cursista a interação com os alunos surdos, o entendimento dos sinais e expressão facial e corporal, além de noções básicas das estruturas gramaticais, tais como adjetivos, tempos verbais, advérbios, pronomes, formas interrogativas, entre outros.
No formato autoinstrucional, o curso será a distância e contará com carga horária total de 90 horas. O conteúdo será dividido em dois módulos: “Vida Cotidiana” e “Universo Escolar”. Ao final, ainda será proposto um Game, uma maneira lúdica de aprofundar os conhecimentos obtidos. Essa atividade será opcional e, portanto, sem interferência na avaliação.
Nessa edição serão ofertadas 12.400 vagas, a serem preenchidas por adesão e por ordem de inscrição. Os interessados deverão realizar a inscrição pelo site da ação, no período de 28/09 a 05/10, ou até o término das vagas (o que acontecer primeiro).
Quando: 17/10 a 17/12
Onde: AVA-EFAP
Inscrição: 28/09 a 05/10 
Público-alvo: Todos os servidores em exercício da SEE-SP. 
Informações: http://www.escoladeformacao.sp.gov.br/librasonline

O curso está autorizado pela EFAP/SEE e contará para a evolução funcional pela via não acadêmica, de acordo com a regulamentação vigente relativa ao quadro de atuação do servidor.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Minicurso Gratuito do Musicopos

Atenção educadores, pais e demais interessados!!!

Minicurso Gratuito do Musicopos! 








Para se inscrever no minicurso basta cadastrar seu e-mail no link abaixo:

http://www.musicopos.com.br/minicursogratuito/

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

I Congresso de Acessibilidade e Inclusão na Educação



Educação Inclusiva

“Somos iguais nas diferenças” é a chamada para oI Congresso de Acessibilidade e Inclusão na Educação, que será realizado pela IFSP – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, com a finalidade de promover a integração e a divulgação de práticas de acessibilidade e inclusão aplicadas de forma efetiva na educação.

O evento será gratuito e aberto à participação de professores, instituições de ensino, pesquisadores ou qualquer pessoa que queira discutir e/ou apresentar resultados de pesquisas e projetos eficientes para o processo de aprendizagem dos alunos, sejam eles portadores de necessidades especiais ou não.
Serão três dias de palestras com especialistas sobre o tema, oficinas e mostra de trabalhos ligados à educação inclusiva, além de momentos reservados para apresentações culturais. Confira a programação completa aqui.
Para quem se interessar, a participação é livre e pode ser feita como visitante, autor de projetos ou até mesmo voluntário. Ainda, qualquer pessoa pode se inscrever nas atividades disponíveis, até o limite das vagas.
O Congresso acontecerá nos dias 9, 10 e 11/11, no próprio Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, no Campus de Cubatão.
Para mais informações, acesse o link abaixo: 
http://www.caieifsp.com/inscricoes


terça-feira, 13 de setembro de 2016

AVC infantil: Sabe o que é?

Alguém já ouviu falar em AVC (Acidente Vascular Cerebral) infantil? Embora pareça improvável, é verdade que crianças podem sofrer, sim, isso que muitos chamam de derrame. Agora veremos mais informações sobre esse quadro que preocupam pais em todo o mundo.

Por que acontece o AVC?

É importante lembrar que o AVC se dá pela saída ou interrupção súbita de circulação sanguínea em alguma região do cérebro ou em várias áreas ou em mais áreas específicas da região cerebral. Os efeitos são neurológicos e podem levar a criança a sequelas que vão desde leves às mais profundas.

Diagnóstico rápido faz toda diferença

O AVC infantil deve ter o diagnóstico no momento em que os primeiros sinais se apresentam. O tratamento (processo de reabilitação), por sua vez, também precisa ser iniciado rapidamente.

Faixa etária do AVC infantil

O AVC infantil ocorre em crianças de 1 a 18 anos de vida. Porém, crianças abaixo de um ano também podem sofrer o AVC, especialmente bebês que estão nascendo e enfrentam algum quadro de complicação no parto, como algum distúrbio que cause uma falta de sangue no cérebro da criança.

Diferenças pontuais do AVC em adultos e crianças

Vale lembrar que existem diferenças pontuais entre o AVC infantil e o derrame (AVC) sofrido pelos adultos.
  • Adultos: a pressão alta e o diabetes são alguns dos fatores de risco para a ocorrência de AVC no público acima dos 18 anos.
  • Crianças: doenças cardiovasculares, doenças inflamatórias das artérias, malformação de vasos sanguíneos cerebrais, anemias falciformes, doenças autoimunes, traumas cranianos são algumas das causas do derrame na infância.
Atenção: dor de cabeça em crianças também pode ser um sinal de alerta para os pais e que precisa de acompanhamento médico rápido.

Dicas que antecedem o atendimento médico

Uma maneira de saber identificar os sinais dos sintomas do AVC é se lembrar de algumas dicas para providenciar o socorro necessário e saber se a criança responde aos estímulos. Veja abaixo o mnemônico S.A.M.U.
Vale ressaltar que o esquema abaixo é usado também para que pais e responsáveis tentem perceber com rapidez se há indício de um sintoma mais agudo.
S – Sorria (ao sorrir, a criança pode apresentar paralisia facial de um lado do rosto);
A – Abrace (para ver qual lado dos membros da criança está paralisado);
M – Música (para ver se houve alteração de fala, com dificuldade);
– Urgência (ligar para o serviço de atendimento de urgência o mais rápido possível).

Outros sintomas

Além desses sintomas mais agudos citados acima, a criança pode ter sensação de fraqueza, alteração de fala, visão dupla, crises convulsivas, perda da coordenação motora, dor de cabeça e tontura.
O AVC ocorre ao mesmo tempo em que os sintomas acontecem. Então, a criança precisa ser levada imediatamente para o socorro necessário. No hospital, a criança pode passar pelo processo de reabilitação assim que estiver sob orientação médica.

Informações importantes

A Síndrome de Down não tem relação com o AVC. Por outro lado, vale lembrar que a Síndrome de Sturge-Weber, que leva a alterações vasculares dentro do cérebro tem direta relação com o AVC infantil.
Outra doença, a Kawasaki, leva a uma inflamação generalizada dos grandes vasos arteriais que saem do coração para as artérias do cérebro e que podem levar ao AVC infantil. Outro detalhe importante de ser lembrado é que a hemiparesia, paralisia de um dos lados do corpo, é um dos efeitos vindos do AVC infantil.
Nesses casos, o processo de reabilitação pode ser bastante eficaz, uma vez que o cérebro infantil ainda está em desenvolvimento e muito mais aberto a recuperação.
Informação sempre salva
As dicas acima são destinadas para profissionais da saúde, da educação, cuidadores, pais e responsáveis que convivem com crianças. Nunca se esqueça que os telefones do médico e do serviço de urgência devem estar em um fácil acesso. Não deixe de levar sua criança ao hospital em qualquer possibilidade da ocorrência do AVC.


segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Diferença entre Autismo e Sindrome de Asperger






Entendendo as diferenças

Para começar, é importante dizer que o autismo é um transtorno de desenvolvimento que leva ao comprometimento global da interação social com comportamentos repetitivos e restritos, além de problemas de comunicação social.
Por outro lado, mesmo que a pessoa com síndrome de asperger também possa apresentar essas características, o que difere é a intensidade, a profundidade e a gravidade dos sintomas entre os dois transtornos. O autismo leva a um comprometimento de linguagem, de comunicação, além de aspectos que dizem respeito à sensibilidade, ao ato alimentar e ao sono. Isso leva o autista a enfrentar tudo de forma severa e, por isso, depende de uma interação maior dos responsáveis.
O asperger, por sua vez, é o contrário, pois os sintomas são relativamente mais brandos e a pessoa fala muito bem, pode se expressar de forma rebuscada. A criança consegue ser mais independente, embora apresente comportamentos ‘estranhos’, no que diz respeito à interação social.
Diagnósticos em tempos diferentes
Outra diferença que podemos pontuar é que o autismo é percebido de forma precoce, quando a criança está com aproximadamente um ano, um ano e meio até 3 anos de idade. Uma característica marcante, no entanto, é o fato de o autista não apresentar reciprocidade, além de não estabelecer comunicação visual.
O asperger apresenta outro quadro, a começar pela manifestação que o transtorno se dá: tardiamente; quando a criança começa a manifestar a interação natural para a idade dela. Aliás, a percepção é mais difícil por isso, uma vez que depende de estágios do desenvolvimento da criança para que possa ser feito o diagnóstico. Lembre-se: o asperger é um quadro mais tardio.
Importante!
Crianças com autismo tendem a demonstrar mais desatenção e são impulsivas, elas têm mais dificuldades de coordenação motora e problemas cognitivos mais sérios. No asperger, isso vem de maneira mais leve.
No autismo, 5% das crianças têm altas habilidades, 40% apresentam intelecto normal e 50% tem um retardo mental associado. Já o nível de inteligência em um portador de asperger é normal.

Assista nossa live sobre Autismo e Asperger








http://entendendoautismo.com.br/artigos/asperger-e-autismo-qual-diferenca/?inf_contact_key=60e6b83a1c73820a29408bd6ec77a466b75cab403ca48fcc2dbb9bba51aa8f9f

Iª Jornada NeuroSaber- evento online sobre Transtornos de Aprendizagem!




O projeto NeuroSaber faz muitos vídeos, artigos, conteúdos, enfim, muito material sobre Aprendizagem, Desenvolvimento e Comportamento da Infância e Adolescência, mas muitas pessoas ainda necessitam saber mais sobre Dificuldades e Distúrbios de Aprendizagem.

Participe  da lª Jornada NeuroSaber, uma Jornada Online e totalmente Gratuita de 26 setembro a 03 de outubro

Click no link abaixo:




Se você quer saber como entender a Dislexia e os transtornos de aprendizagem, conhecer os passos para avaliação interdisciplinar e também quais os sinais para suspeitar dos transtornos de aprendizagem não deixe de participar!


 Durante o evento serão compartilhados métodos e técnicas que pais e profissionais podem utilizar para diagnosticar esses transtornos e o que fazer depois do diagnóstico. 

Ps: Se Inscreva rapidamente pois as vagas são limitadas e estão se esgotando rapidamente.

NESTE EVENTO VOCÊ APRENDERÁ:


OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO PROGRAMA DE APERFEIÇOAMENTO INTERDISCIPLINAR EM NEUROAPRENDIZAGEM DA NEUROSABER: DA AVALIAÇÃO A INTERVENÇÃO

Atualmente cada vez mais a demanda de crianças com dificuldades de aprendizagem vem aumentando. A Escola não está preparada para levantar os sinais de forma segura e objetiva pois muitas das capacitações nesta área acabam por ficar numa linguagem técnica. Os profissionais (psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos, terapeutas ocupacionais, psicomotricistas) até recebem alguma formação, mas numa visão muitas vezes fragmentada sem fundamentação científica consistente, isto é sem uma visão Interdisciplinar o que é o Grande diferencial nestes casos. Já os pais por vezes percebem as dificuldades do filho mas por total desconhecimento, ficam perdidos. Nosso programa de Aperfeiçoamento apresenta conteúdo exclusivo, voltado para a capacitação total dos profissionais e levando conhecimento aos professores e pais. Conhecimentos que vão dar segurança desde a avaliação, passando pelo diagnóstico até a intervenção.

O FUNCIONAMENTO NEUROCOGNITIVO NAS DIFICULDADES
E NOS TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM

Como funciona o cérebro de uma criança com e sem problemas de aprendizagem? Quais áreas cognitivas acionadas, porque este conhecimento faz é imprescindível durante o processo de Avaliação e mais ainda durante as intervenções? Isto e muito mais você vai aprender na nossa Jornada, conhecer o funcionamento cerebral é muito importante e faz toda a diferença na observação e estruturação de práticas destas crianças, sejam elas na clínica, escola ou em casa que têm este conhecimento.

QUAIS OS SINAIS PARA SUSPEITAR DE TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM:

Imaturidade ou Transtorno?? Esta é sempre uma pergunta que cerca a observação destas crianças… quando a Dificuldade é algo passageiro e quando é realmente que devemos nos preocupar e encaminhar esta criança para uma avaliação? Como diferenciar uma dificuldade momentânea de um transtorno de Aprendizagem? Esta é uma dúvida muito frequente e que pode selar o destino de uma criança, isto porque se isto não estiver muito claro para o profissional que avalia, quanto para o professor que encaminha ou para o pai que percebe as dificuldades de seu filho, esta criança poderá passar batido com a famosa frase: VAMOS ESPERAR PARA VER SE MELHORA… e esta frase pode acabar com o futuro de uma criança que apresente uma dificuldade de Aprendizagem!

PASSOS PARA A AVALIAÇÃO INTERDISCIPLINAR EM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM: COMO FAZER?

Quando falamos de Aprendizagem estamos falando de um complexo sistema que envolve aspectos pré natais, ambientais, genéticos, neurológicos, psicológicos, pedagógicos, psicopedagógicos, psicomotores, fonoaudiológicos, enfim… um conhecimento extremamente complexo e que depende de muitas variáveis e estes conhecimentos devem estar conectados de forma a entender o processo de aprendizagem de uma forma integral.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

AUTISMO NÃO É DOENÇA (TEA)!





Autismo ou os Transtornos do Espectro Autista (TEA) são condições médicas que levam a problemas no desenvolvimento da linguagem, na interação social, nos processos de comunicação e do comportamento social da criança. Ele está classificado, hoje, dentro dos Transtornos do Desenvolvimento e atinge cerca de 0,8% a 1% das crianças, na proporção de 1 para cada 51 nascimentos. Há muito deixou de ser raro e seus efeitos são severamente sentidos pela criança, pelos cuidadores e pelas instituições que as abrigam.
A definição de doença como conhecemos leva em conta o caráter consumptivo e mórbido que desencadeia com riscos de morte, degradação física e de órgãos internos. Por esta linha de pensamento, o TEA não seria uma doença, mas sim um transtorno mental que pode ser trabalhado, reabilitado, modificado e tratado para poder se adequar ao convívio social e às atividades acadêmicas. Mas devido ao seu grande potencial de gerar doença, o TEA deve ser encarado como um problema de saúde pública!
Existem casos onde o TEA se associa a doenças que podem evoluir para morte, como distúrbios metabólicos e degenerativos. Nestes casos, a maior importância está em conduzir os efeitos destas doenças, as internações e os efeitos epileptógenos que podem conter no seu quadro clínico. Na maioria das vezes, a essência do tratamento é a condução multidisciplinar precoce (de preferência antes dos 3 anos) com ênfase em abordagens psicossociais, reabilitação de atrasos de desenvolvimento, medicações e suporte escolar. A direção das intervenções deve levar para a redução dos atrasos e dos sinais autísticos, pois deve-se paulatinamente remediar atrasos e potencializar habilidades com o intuito  de ajudar esta criança a ser autônoma e permitir que venha a gozar de vida social recíproca e que se aproprie de adequados recursos de comunicação.
O TEA não atinge somente a criança, mas também leva, em muitos casos, uma sensação de fracasso aos seus cuidadores. Pais ou responsáveis por autistas têm maior risco de desenvolver transtornos de ansiedade e de humor, especialmente em casos de separação conjugal ou abandono afetivo por um dos cônjuges. Não raro, os pais choram no consultório, pois se veem perdidos e com expectativas frustradas em relação ao seu filho. Na perspectiva e na realidade familiar há perda de potencial econômico, restrição financeira (pois a criança deverá ocupar muito a atenção de um dos pais) e as intervenções interdisciplinares necessárias reduzem o tempo de lazer e de convívio recíproco do casal.
Assim, não considerá-lo como doença de nada adiantará, pois o transtorno é um gerador de desestabilização da saúde tanto da criança quanto daqueles que a cercam. Os agentes políticos devem se sensibilizar para que sejam criadas estratégias para aliviar este ciclo nocivo onde a falta de uma atenção primária tem feito os pais de crianças com TEA buscarem recursos sem salvaguardas ou garantias de que realmente estão no caminho certo das evidências científicas.


Créditos> NeuroSaber



Aspectos Neurológicos de Aprendizagem



No Brasil, em torno de 40% das crianças na escola apresentam dificuldades no processo de aprendizagem escolar. A grande maioria desta cifra decorre de insuficiências do ambiente pedagógico, falta de infraestrutura, baixo nível de capacidade didática do professor, problemas emocionais ou por questões culturais e incoerências curriculares. Uma parte destas crianças, porém, podem não conseguir aprender adequadamente por motivos internos, intrínsecos, oriundos, de uma disfunção cognitiva específica que nada tem a ver com o ambiente em sua volta, mas definido por inadequado funcionamento cerebral que afeta sua capacidade de absorver e memorizar aprendizagens que dependam do acesso fluente à leitura, à escrita e à habilidade matemática. São os Distúrbios ou Transtornos de Aprendizagem.Esta condição não tem forma física e não costuma levar a alterações em exames médicos, fazendo com que sua identificação seja difícil e subestimada em muitas crianças portadoras. Afetam aspectos pontuais do desenvolvimento infantil e do seu comportamento, especialmente em tarefas que exigem percepção e memória e estes surgem mais contundentes na fase pré-escolar e escolar. Muitas vezes, os professores consideram estes sinais normais e “no tempo da criança”, pois não existem em nosso país mecanismos na área educacional que sustentem o conceito de “etapas normais de aprendizagem escolar” desprezando quaisquer parâmetros. Este contexto desestimula a sua identificação e o diagnóstico muitas vezes só será cogitado e, por extensão, confirmado no período final do Fundamental I ou no início do Fundamental II.Atualmente, nas classificações de transtornos mentais, os Transtornos de Aprendizagemsão enquadrados como um transtorno de desenvolvimento, isto é, que aparece na fase de desenvolvimento neuropsicomotor e modifica aquisições de determinadas habilidades cognitivas de linguagem e de percepções visuais, espaciais e auditivas levando a problemas significativos de aprendizagem dos símbolos gráficos sem, no entanto, prejudicar a capacidade intelectual/inteligência. Sempre devemos suspeitar de sua existência quando uma criança ou adolescente inteligente e autônomo em seu cotidiano não consegue manter o mesmo nível de aquisição de aprendizagem na escola ano a ano em comparação com seu potencial e com a turma que o cerca. Dificuldades na memorização de sequências de números, de dados de leitura, de figuras espacialmente dispostas e a percepção inadequada da forma e do som das letras em idade que não se admite e tendo esta criança em estimulação escolar adequada desde tenra idade, podem ser um valioso sinal de alerta. Por ser uma criança com potencial intelectual preservado (e até acima do normal), esta fica ansiosa, estressada, com baixa auto-estima e com a sensação frequente de frustração e incompreensão com os paradoxais resultados de sua aprendizagem, pois fora da escola ela tem uma performance normal. As cobranças da família se avolumam a cada bimestre, tanto direcionadas para o filho quanto para a sua escola, a qual é colocada em xeque e no centro de constante desconfiança e conflito a cada reunião de pais com professores. A incompreensão acerca do que está acontecendo gera discussões, ameaças e uma fratura na relação dos educadores com a família.Portanto, frente a este panorama, a escola e a família devem prontamente buscar avaliação interdisciplinar. Esta criança deve ser encaminhada para uma sequência de avaliações com diversos profissionais de áreas afins (psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos e médicos especializados) com o intuito de analisar profundamente seu quadro – embasado em manejo clínico e desenvolvimental – com aplicação de testes específicos para interpretar melhor seus déficits cognitivos, na linguagem e nos processos perceptivos e de memória em direção a um diagnóstico definitivo.
Créditos: NeuroSaber