Pais e profissionais da educação se encontram em um caminho de dúvidas quando a criança é diagnosticada com o Transtorno Global do Desenvolvimento ou simplesmente TGD. Em meio a tantas nomenclaturas, é bem verdade que a explicação sobre o que isso se trata torna-se realmente necessária.
O
TGD se constitui como um conjunto de transtornos que estão diretamente ligados ao
TEA (Transtorno do Espectro Autista). Portanto, é comum que uma criança apresente síndromes como as que serão citadas a seguir, pois elas podem vir associadas:
Características desde a infância
Os pais podem ser os primeiros a notarem alguns traços que diferenciem seu filho das demais crianças. Isso acontece porque logo nos primeiros anos de vida, a comunicação acontece de maneira bem peculiar.
Crianças têm facilidade em estabelecer contato com todas as pessoas, sobretudo com outros pequenos. No caso do TGD, acontece de forma diferente, pois a criança tende a evitar uma comunicação que seja pautada no olho a olho e na fala, para citar apenas alguns exemplos.
Outro detalhe que precisa ser reparado é o fato de o pequeno ter dificuldade em começar ou manter uma conversação. Além disso, quando a criança é enquadrada dentro do TGD, ela pode apresentar resistência ao toque de outra pessoa, o que a leva ao isolamento.
Em muitos casos, o fato de brincar sozinho com um objeto específico é uma das poucas coisas que interessa ao pequeno. A comunicação pode se dar por meio de gestos, por muitos deles não serem adeptos à comunicação verbal (o que pode ser trabalhado com sucesso).
Um ponto que pode ser notado pelos pais e profissionais é o fato de a criança gostar de repetir ações que dão a ela ‘segurança’, como algo que esteja relacionado à sua rotina. É preciso perceber que o pequeno pode apresentar fixação em um objeto específico, ficando a observar por um tempo aquilo que desperta seu interesse.
Quando a criança decide falar, sua comunicação tende a apresentar a ecolalia, que é um fenômeno que se configura como uma repetição do que outras pessoas pronunciam perto dela; outro detalhe que pode ser notado é o uso de uma entonação mecânica.
O TGD e o ambiente escolar
Muitos educadores têm dúvidas sobre como conduzir as atividades sem deixar a criança com TGD de fora. A dica é respeitar as diferenças que o pequeno apresenta e procurar todas as possibilidades de incluí-lo nas atividades junto aos outros colegas.
Falamos anteriormente que a pessoa com TGD apresenta dificuldade para comunicação verbal e interação em geral, mas isso pode ser trabalhado arduamente na escola; respeitando-se, obviamente, o tempo de cada criança. As atividades voltadas para tal desenvolvimento incidirá sobre a capacidade do pequeno no campo da aprendizagem.
Aos professores, cabe também saber identificar em que esses alunos demonstram mais facilidade e, a partir disso, desenvolvê-los a fim de levá-los para outras etapas de aprendizagem.
Cuidados, paciência e dedicação podem amenizar de forma considerável as características do TGD na vida dos pequenos.
Créditos: entendendoautismo.com.br