segunda-feira, 21 de novembro de 2016

EXISTEM DIFERENTES TIPOS DE AUTISMO?






Desde a nova classificação acerca do Autismo dentro dos critérios de diagnósticos relacionados a esta condição trazidos pelo DSM-5, todos os diferentes tipos de Autismodescritos no DSM-IV passaram a ser incluídos, todos, sob o imenso guarda-chuva dos chamados Transtornos do Espectro Autista (ou TEA). As diferenças que antes eram denominadas e assumiam caráter bem delimitado, hoje somente se distinguem pela presença ou ausência de algum traço clínico peculiar ou pela intensidade dos sintomas.
Esta nova concepção trouxe maior sensibilidade para a suspeição do diagnóstico, aumentando a possibilidade de identificação precoce e permitindo iniciativas de remediações de atrasos percebidos no desenvolvimento da criança. Por outro lado, esta nova classificação deu uma “roupagem” nova para as formas de identificação do transtorno e uma impressão de homogeneidade aos TEA. Mas sabemos que o Autismo é um distúrbio extremamente heterogêneo e bem peculiar de criança para criança.
Existem crianças com Autismo que não falam, ora apresentam distúrbios de hipersensibilidade, outros não. Há os hiperativos, agressivos e opositivos. Outros, hipoativos, passivos, extremamente introspectivos. Alguns dormem bem enquanto a maioria não dorme absolutamente nada. A associação com alergias alimentares, respiratórias, com ou sem intolerâncias nutricionais específicas se apresentam de forma totalmente imprevisível e variável dependendo do tempo e da magnitude desta comorbidade. No que tange a aprendizagem escolar, temos amplas e infinitas possibilidades: hiperlexia em alguns, transtornos de aprendizagem em outros, deficiência intelectual na grande parte daqueles autistas que podem jamais virem a ler ou escrever.
Os diferentes tipos, portanto, se resumem a esta extrema variabilidade de apresentação clínica e comportamental. Esta expressividade tão complexa exige de todos que avaliam esta criança um olhar interdisciplinar e que tenha como eixo principal a busca de uma atenção baseada em ações individualizadas, mediante o respeito às características de cada um. As descrições detalhadas de cada ponto negativo e positivo e de formas de correção de rumo ou de mediação de acordo com os déficits que precisam ser remediados formam a base da intervenção no TEA. Conhecer estas nuances e estar preparado para recrutar todos os meios exigidos para equilibrar a dificuldade da criança às formas de compensação é fundamental. Não à toa, as melhores formas de intervir residem em modelos que priorizam a precocidade e a co-participação de profissionais, família e escolas.

CRÉDITOS: entendendoautismo.com.br

Alfabetização de Alunos com TEA - Da Teoria à prática


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Créditos: NeuroSaber

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Desenvolvimento da fala no processo de alfabetização




Toda criança que lida com o aprendizado encontra dificuldades, que podem se dividir entre pontuais e gerais. Na verdade, todo ser humano precisa encarar os desafios que surgem com o que se apresenta como novo.
No caso das crianças que manifestam algum distúrbio de aprendizagem, a situação requer um acompanhamento mais aprofundado, pois o que está em jogo não é só a cognição do aluno, mas toda uma série de fatores que podem encontrar ecos por toda a sua vida. Por isso é importante falarmos sobre o desenvolvimento da fala no processo de alfabetização, um dos pilares da vida estudantil de qualquer pessoa.

Informe-se e acabe com os pré-conceitos

Obter informação e fugir dos conceitos pré-estabelecidos sobre a dificuldade de uma criança com a alfabetização é o melhor caminho. Infelizmente, ainda há muita falta de compreensão sobre crianças que não conseguem obter um bom resultado na fruição das palavras, por exemplo. Isso acaba por estigmatizar o aluno que passa por tal situação.
É imprescindível que haja uma compreensão acerca do desenvolvimento da fala durante o processo. Para começar, isto jamais deve ser visto como preguiça, mas como uma limitação que pode ser trabalhada a fim que haja uma melhora completamente bem-sucedida.
Quais são essas dificuldades?
Durante a infância, sobretudo quando a criança começa a conhecer as palavras e a balbuciá-las de forma inteligível, o pequeno pode encontrar dificuldades na pronúncia e/ou reconhecimento delas. Conheça algumas:
Mutismo seletivo: marcada por uma ansiedade social, em que a criança consegue falar, mas em determinadas situações fica bloqueada e incapacitada de se expressar.
Dislalias: dificuldade na articulação e elucidação das palavras. Em muitos casos, a criança troca alguns fonemas; omite ou acrescenta palavras, causando uma distorção na construção da frase.
Disfemias: distúrbio que provoca perturbações intermitentes na fala (emissão). Importante lembrar que algo relativamente normal se inclui nesse grupo: a gagueira.Atraso da fala: perturbação que interfere no desenvolvimento de linguagem de forma multifatorial. O tratamento é extremamente necessário, uma vez que tal dificuldade pode acompanhar a criança por toda a vida.
Além desses distúrbios, há outros que incidem sobre a linguagem e o aprendizado das crianças. São eles: afasia, disfasia e problemas graves de comunicação.
Tratamentos adequados
É importante salientar que como há algumas particularidades acerca dos distúrbios que afetam a criança, o tratamento não pode ser o mesmo para todas elas. No entanto, a presença de alguns profissionais da fonoaudiologia, psicologia e psicopedagogia são imprescindíveis para levar aos pequenos pacientes atividades que possam capacitá-los a melhorar a fluência da fala.  Com todo esse acompanhamento, as crianças tendem a apresentar uma melhora significativa.
É válido ressaltar também que a compreensão dos educadores em sala de aula é um dos segredos para os resultados satisfatórios da criança. Lembre-se também que a comunicação entre pais (ou responsáveis), professores e outro profissionais é muito válida e constitui num esforço conjunto a fim de dar aos pequenos todas as condições de socializar e ter uma vida absolutamente normal.