quarta-feira, 19 de outubro de 2016

COMO REDUZIR A ANSIEDADE DE CRIANÇAS AUTISTAS?








A criança autista pode ter uma vida completamente normal. O que mais contribui para que ela tenha uma rotina com atividades interessantes e com muito aproveitamento é o fato de o pequeno poder ser estimulado diariamente. No entanto, é importante saber que a criança com espectro autista pode apresentar algumas características comuns à sua situação e a ansiedade é um desses aspectos. A pergunta que muitos pais e profissionais fazem é como diminuir isso entre os autistas infantis.

Qual a incidência de ansiedade em crianças autistas?

Estima-se que esse quadro se apresente em 30% dos casos em crianças, com uma variação que pode chegar a 40% (segundo algumas estatísticas). A ansiedade pode ser considerada uma comorbidade, que é um transtorno decorrente do espectro autista.

 Quais são as características de uma criança autista com quadro de ansiedade?

Normalmente, o pequeno pode revelar alguma fobia social, fobia específica (medo excessivo de algum animal ou até barulho, por exemplo); comportamento arredio diante de pessoas desconhecidas. Ou então, a criança demonstra algum transtorno que se assemelhe a uma síndrome do pânico.
Importante saber!
Você sabia que animais de estimação fazem bem para crianças autistas? Pois é justamente isso que sugere uma pesquisa realizada pela Universidade de Purdue, nos Estados Unidos. Os pesquisadores reuniram 38 crianças autistas e 76 que não apresentam o transtorno. Durante o estudo, todos os participantes colocaram um aparelho eletrônico no pulso com o objetivo de detectar respostas físicas a situações de ansiedade e interação social.
O próximo passo do levantamento consistiu em pedir às crianças que lessem sozinhas um livro, pelo menos as que têm facilidade com a leitura, para que depois pudessem ler para outras duas crianças. Posteriormente, elas deveriam brincar por 10 minutos. O último passo era brincar por mais esse tempo, mas agora com um porquinho-da-índia.
O resultado foi o seguinte: as crianças com autismo mostraram níveis de ansiedade mais elevados que as demais nas três primeiras situações. O quadro só foi modificado quando o porquinho-da-índia apareceu na brincadeira dos pequenos. A ansiedade diminuiu consideravelmente. O estudo concluiu, então, que a presença de animais ajudou a criança na interação social.

Quais são as brincadeiras que reduzem a ansiedade de crianças autistas?

Nunca é demais relembrar que a criança autista precisa de um tempo muito delimitado para iniciar, permanecer e encerrar a brincadeira. No entanto, há muitas atividades que a induzem ao exercício de coordenação motora e no relaxamento. Exemplos:
  • Desenhos feitos com tinta guache ou outros materiais;
  • Atividades com massinhas;
  • Jogos digitais;
  • Bolinhas coloridas;
  • Companhia de um animal de estimação (sobretudo aqueles que não sejam tão barulhentos);
  • Quando a criança autista tem irmãos, eles podem ser excelentes aliados no desenvolvimento da interação social;
  • Em sala de aula, os educadores podem estimular brincadeiras que aproximem as crianças.
É sempre muito bom saber que os pequenos podem ter uma vida completamente normal, a partir do momento em que há pessoas para auxiliarem-nos em atividades diversas. Lembre-se que é importante ter muito carinho e atenção para que eles possam desenvolver confiança em todos que fazem parte de seu convívio.


Créditos: http://entendendoautismo.com.br/

terça-feira, 18 de outubro de 2016

AUTISMO: ESCOLA E INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR




Todos os profissionais que trabalham com crianças precisam saber que o aspecto multidisciplinar é de extrema importância para uma intervenção satisfatória. Não tem como falar de condução terapêutica do autismo sem a parceria entre a equipe de professores e outros profissionais. A escola precisa buscar informações sobre o aluno com a equipe multidisciplinar.

Quando se fala em estratégias para trabalhar com autista, podemos falar em cinco eixos que auxiliarão imensamente os profissionais e a criança:


– Linguagem: a linguagem precisa ser abordada. É importante lembrar que não é só fala, mas gestos, formas de comunicação em geral; este quesito inclui meios de a criança entender processos de comunicação em sala de aula. É preciso que a escola estimule formas de a criança se expressar.
Cada criança com autismo demonstra um perfil específico de comunicação. Sendo assim, há aquelas que falam muito bem e outras que não se comunicam. É fundamental que a equipe saiba como conduzir uma intervenção que atenda ao caso da criança, respeitando sua demanda. A equipe pode ser composta de vários especialistas: fonoaudióloga, neurologista infantil, psicomotricista, assistente social, psicólogo, fisioterapeuta, nutricionista, terapeuta ocupacional, entre outros.

– Aspectos relacionados a sono e alimentação: é importante que a escola saiba sobre o sono e a alimentação, pois estes fatores influenciam no humor do autista. Além de afetar a interação e a convivência do aluno. Na alimentação, o autista apresenta manias alimentares (não tolera determinados alimentos, cheiros, consistências). A escola precisa saber tudo isso. A figura do educador e do neuropediatra é importante. Com a intervenção, a criança pode se readequar, mas sem pressa. Tudo com muita calma e paciência.

– Rotinas: a escola precisa entender que o autista sente dificuldade em mudar de rotina ou se adequar a uma nova. É importante que a escola tenha flexibilidade com rotinas e respeitar o aluno autista. A equipe multidisciplinar é importante nisso para trabalhar esses aspectos com o pequeno.

– Hipersensibilidades: criança com autismo tem hipersensibilidade auditiva, tátil, olfativa e outras. Com isso, a escola pode lidar com alguns desafios porque o autista pode apresentar alguma dessa hipersensibilidade. A equipe multidisciplinar pode ajudar, com profissionais que auxiliarão o aluno com atividades e medicamentos específicos que visam ao seu desenvolvimento.

– Habilidades sociais: precisamos ensinar a criança a interagir adequadamente, criar formas de comunicação, dizer o que pensa, saber chegar a um ambiente específico. A escola é fundamental nisso tudo. A equipe multidisciplinar pode promover uma análise aplicada do comportamento. Outro detalhe importante é entender emoções, que também é fundamental para ajudar a criança autista.

Nunca se esqueça

Estes cinco pontos chamam a atenção por estimular a evolução da criança. Caso esses pontos não sejam bem trabalhados, isso pode prejudicar os pequenos no desenvolvimento social deles. É importante que a escola e a equipe multidisciplinar trabalhem em conjunto. Os pais também devem ser ouvidos sempre e também precisam colaborar com informações acerca das dificuldades e dos desafios. A escola deve estar aberta para conversar com a família para que haja uma intervenção satisfatória e que a criança obtenha uma qualidade de vida muito boa.


CRÉDITOS: http://entendendoautismo.com.br/

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

DEZ COISAS QUE TODO AUTISTA GOSTARIA QUE VOCÊ SOUBESSE








Lidar com um autista pode parecer desafiador, pois, muitas vezes, ela pode apresentar comportamento que difere de outra, por exemplo. Erroneamente, há uma parcela considerável de pessoas que subestima as habilidades cognitivas e sociais dos autistas.
De fato, ele tem aspectos sensoriaisdiferentes do nosso. Porém, com algumas dicas que temos aqui, você ficará por dentro de todas as informações para uma relação muito proveitosa com seu filho ou outra criança autista que fizer parte do seu convívio.
Saiba como lidar com um autista e ganhe o carinho e a amizade dele. Você não vai se arrepender da lealdade dessa pessoa especial e espetacular.

1 – Habilidade sensorial particular

Talvez você já tenha percebido ou pensado que tudo se tratava de birra, mas é melhor mudar de opinião. O autista tem o campo sensorial bastante apurado (mais que o normal), então é comum que ele se irrite com um determinado barulho, por exemplo. Isso ocorre porque a audição dele é muito mais sensível que a sua. Imagine duplicar ou até mesmo quadruplicar o tilintar de um sino. Você certamente não suportaria ficar exposto a esse forte ruído. Com o autista também é assim, mas ele está mais propenso a passar por essa sensação.
Mas há outros campos sensoriais que podem passar por essa sensibilidade extrema: olfato, paladar, visão e táctil. O importante é saber identificar essa desordem e auxiliar a criança ou o adulto autista a ficar livre desses estímulos cruéis a ele.

2 – Seja objetivo, não use palavras de sentido figurado

O sentido figurado ou a conotação não é uma forma de comunicação efetiva com autistas. Procure ser objetivo e usar a linguagem literal para evitar confusões. Por exemplo, jamais fale “minha vida é um mar de rosas”. O autista não vai entender. Então, o melhor é optar pela frase “minha vida é muito boa”.

3 – Comunicação visual, um ótimo auxílio

Como o vocabulário do autista pode ser limitado, a maneira mais eficaz de ensinar algo é disponibilizar elementos visuais como esquemas, a fim que ele entenda tudo de maneira satisfatória. Paciência é tudo.

4 – Oriente sobre o que pode ser feito

Jamais repreenda o autista de forma austera ou demonstre irritação. Para orientá-lo de forma que ele absorva a informação, a maneira mais eficaz é mostrar a ele o que pode ser feito (e o que não pode, diga de forma dócil com a finalidade educativa).

5 – Nunca considere suas reações como birra

As crises do autista são reações a algum incômodo. Procure identificar o que está fazendo mal a ele e retire-o do ambiente para acalmá-lo. No caso da criança autista, esteja sempre com um objeto que traga tranquilidade, como um brinquedo ou até mesmo jogos digitais (por disponibilizarem uma variedade de brincadeiras).

6 – Ajude-o nas interações pessoais

Criança adora e deve brincar. Com o autista não é diferente e ele também não abre mão de se divertir. Mas como ele não sabe agir socialmente dê uma mãozinha e peça às outras crianças para o chamarem. É importante dizer que a criança autista desconhece alguns comportamentos, como expressões faciais, mas isso pode ser devidamente ensinado com muita paciência. Nunca a deixe isolada. Criança é criança e todas merecem brincar. Um conselho: elas adoram brincadeiras que tenham começo, meio e fim.

7 – Criança com autismo não é igual às outras

Nem sem o autismo. Todo mundo é diferente e com os pequenos autistas também é assim. Portanto, cada um tem o seu jeito. O tratamento para um pode não ser aconselhável para o outro. Enfim, cada um é cada um.

8 – Paciência

Paciência é o segredo. A criança autista está apta a aprender e a ter uma vida muito boa, desde que você tenha paciência e muito carinho para explicar o que precisa.

9 – Use vocabulário simples

Vocabulário simples é uma forma muito recomendada para a comunicação. Frases curtas são muito aconselháveis para que a criança autista tenha uma assimilação satisfatória.

10 – Autista não deve viver numa bolha

Muito pelo contrário. Quanto mais incluído nas relações sociais, melhor. Tudo no ritmo e nas necessidades do autista; e com muito amor e compreensão.


Créditos: entendendoautismo.com.br